Crítica à segunda parte da Temporada 5 de Lúcifer
- Crítica de Séries
- 8 de jun. de 2021
- 4 min de leitura
Atualizado: 8 de jun. de 2021
Com o retorno da segunda parte em 28 de maio de 2021 Lúcifer já conseguiu ficar em primeiro lugar no top 10 das Netflixes de mais de 30 países. Proof👇🏻👇🏻👇🏻
A 5ª temporada, dividida em duas partes, teve sua parte 1 lançada em 21 de agosto de 2020 e agora finalmente teve seu desfecho digno de maratona no dia 28 de maio.
E não foi por apenas popularidade que a série se destacou. Mais uma vez tivemos uma temporada dinâmica e divertida com uma pitada de drama que chocou os fãs. A introdução de Deus foi realmente uma tacada de mestre na série que há tempos explora as mais diversas histórias celestiais de uma maneira leve e cômica.
Contudo, esse clima festivo e gostoso de assistir durou apenas 6 episódios. Já no 7º vimos com toda certeza as cenas mais tristes da série: a morte de Dan e seus desdobramentos. Foi de partir o coração ver a Trixie no hospital lembrando que ele era um pai incrível até momentos antes do trágico fim. Da mesma forma, duvido não ter alguém aí que não tenha se despedaçado com a Maze chorando ao segurar a blusa do amigo, e também aquele discurso de Amenediel para o melhor amigo foi para nos fazer chorar. Mas a questão reflexiva que fica aqui é: por que os showrunners tem a necessidade de matar personagens queridos nas séries como forma apelativa de audiência ?
Essa morte não nos pareceu muito coerente com a proposta da série, que é basicamente do gênero comédia.
Sem sombra de dúvidas comovente, mas, havia necessidade dos produtores matarem o nosso amado Detective Dush ? Queira ou não, por mais que ao longo das 5 temporadas ele tenha lidado com vários dilemas pessoais, e, agora, ter aceitado a existência do mundo celestial, Dan Spinoza era um personagem coadjuvante de extrema importância nas relações entre os demais personagens da série. Ele estava presente em todos os núcleos narrativos de alguma forma. Havia muita consistência na carga narrativa dele.
Contudo, se trata de Lúcifer, e ao contrário de outras séries dramáticas como Greys Anatomy tudo é possível nessa ficção científica. Uma das coisas mais legais das séries sobrenaturais é justamente isso, um personagem querido pode morrer para impressionar o público e chocar-nos, e depois pode voltar triunfante. Vampire Diaries que o diga, não é mesmo ?
Logo, nada está perdido. Por mais que fique a sensação de que Dan realmente morreu e Trixie vai crescer órfã de pai, ainda há esperança de um grande final feliz na próxima temporada, tendo em vista os impressionantes acontecimentos do último episódio.
E falando no grand finale, que final, não é, meus caros ? Digno do que é a produção Lúcifer. Uma qualidade incrível nos efeitos especiais, e aquele final dramático de todo final de temporada não foi diferente nessa. Aquela sensação de lacração no final, pois é, isso é Lúcifer !
O episódio 16 foi absolutamente incrível mixando a comedia que é a característica mais marcante do show (principalmente na hora que Lúcifer estava enrolando seu irmão e começaram todos q dançar), com aquele desfecho de cair o queixo. A votação, a épica batalha entre os dois irmãos de asas, a emocionante morte da Detetive, e, por fim, Lúcifer conseguindo ir a paraíso se sacrificando para salvar Chloe e no processo dizendo, finalmente (aleluia!), que a amava foram com certeza motivos para dizer que esse final de temporada foi o melhor de todos.
Por falar em comédia essa temporada se superou nesse quesito. Difícil foi assistir esses novos 8 episódios e não gargalhar nas cenas. Muito diferente da primeira parte, onde os 8 episódios iniciais foram mais voltados para o drama, onde praticamente todos os personagens enfrentavam dilema os pessoais, como o de Lúcifer no inferno sem poder ajudar as investigações da Polícia de Los Angeles, Chloe sofrendo a partida do amado e Michael prejudicando a vida de todos. Enfim, essa segunda parte foi totalmente distinta da primeira, e nós pudermos ver pouquíssimas cenas dramáticas de verdade, ou com uma conotação de drama, a não ser a morte sem sentido de Spinoza e o final lacrador que conseguiu dar um toque especial ao show.
Agora, uma coisa que não muda em nenhuma temporada è o eterno lenga-lenga de Lúcifer e Chloe. Como sempre, o iô-iô que é essa relação pode cansar muita gente. Afinal, sempre há um problema impedindo esses pombinhos de ficarem juntos, não é mesmo ? E nessa temporada não foi diferente, desde o começo vemos que dessa vez foi Morningstar que se recusou a ficar vulnerável perto de Decker e dizer as famosas palavras “eu te amo”. Assim, nos pareceu que eles estavam juntos mas não estavam.
Contudo, mesmo com toda a enrolação desse romance que nunca acontece, a série não perde tantos ponto graças aos incríveis atores Tom Ellis e Lauren German. Eles conseguem fazer esse jogo de gato e rato tão manjado nas melhores comédias românticas americanas funcionar em perfeita harmonia, o que deixa menos cansativo essa relação aos olhos do público. E, como vimos, no final o iô-iô retornou aos dois ficarem juntos JUNTOS o que deixou os fãs entusiasmados, mas agora Lúcifer sendo Deus! E aí, como será que vai ficar essa relação ? (Provavelmente vão separar de novo rs)
Interessante nesta segunda parte da season cinco foram as histórias secundárias que deram mais substância ao show. Podemos citar aqui Linda e a saga do reencontro com a sua filha biológica, muito emocionante por sinal. Maze na fervorosa busca por uma alma e depois o tão esperado romance com Eve que finalmente aconteceu ! 😍
Dan e sua aceitação a existência do mundo celestial e depois o trágico fim que sinceramente esperamos ter conserto. Alem disso, nossa cientista forense mais foda Ella tentando se reerguer após o trágico romance com um serialkiller enfrentando problemas na sua fé, e, por último Amenediel assumindo seu posto de pai de um filho mortal aceitando sua própria humanidade. Sem contar no próprio Deus interpretado pelo incrível Dennis Haysber tque teve um arco narrativo primoroso, agradabilíssimo de assistir.
Por fim, a temporada se encerrou com Lúcifer desbancando Michael e se tornando o todo poderoso Deus ! A cena de todos ajoelhando para ele foi cenograficamente primorosa. E, ah, o toque final, o “thank God me” do Lúcifer fechou com chave de ouro a temporada mais divertida até agora.
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