Crítica à 4ª temporada de Elite

Considerada a série adolescente mais popular do momento, Elite entregou a sua quarta temporada esse ano.

Foram singelos 8 episódios, mas, pequenas histórias de 45 minutos que se colocarmos no papel totalizaram uns 12 episódios completos. Mas a sensação que fica é que pareceu pouco, né ?

Mais um ano chegou e as coisas não mudaram na escola particular espanhola Las Encinas. A série que é regada a muito sexo, festas e mortes continuou com a sua velha e boa narrativa que costuma prender bastante a nossa atenção.

A dinâmica da direção dos episódios sempre começa com um evento futuro, uma morte, um crime que ao longo do programa vai ser desvendado até o ápice, o último episódio, que é sempre aquele que narra de fato o que realmente aconteceu. Antes disso, o telespectador é cativo no grande mistério final e acaba por enlaçado na série, porque tem sempre aquela sensação “preciso saber o que aconteceu”.

Dessa forma, a fórmula de Elite é um sucesso, e vem dando certo durante esses 4 anos. Aliás, a série espanhola não foi nem a pioneira nesse tipo de abordagem da história. Para quem gosta desse mesmo estilo, q série de Shonda Rhimes How to get away with murder tinha exatamente essa mesma jogada na direção dos episódios, começava com um crime (de trás para frente) e ao longo da temporada ia desenredando.

Contudo, apesar da manjada receita de bolo que comprovadamente dá certo e deu certo em outras séries como HTGAWM, essa 4ª season pode ser considerada a mais fraca de Elite. Apesar de manter o nível de séries adolescentes lá no alto, acreditamos que o “mistério” dessa vez não foi lá aquelas coisas. Além disso, houveram muitas baixas no elenco principal, tais como as famosíssimas e super seguidas no Instagram Danna Paola(Lucrécia) e Ester Expósito (Carla).

Os novos personagens Ari (Carla Díaz), Philippe (Pol Granch), Patrick (Manu Rios) e Mencia (Martina Cariddi) não foram assim tão empolgantes como os antigos mas novos nas temporadas anteriores Valério (Jorge López), Rebeka (Claudia Salas) e Cayetana (Georgina Amorós).

A história de Ari foi um tanto medíocre, nos parecendo uma tentativa de imitação à personagem Lucrécia, maravilhosamente bem interpretada pela artista pop Danna Paola. O arco de Patrick também nos pareceu uma cópia das interações entre Cayetana-Polo e Valério e, Carla-Polo e Christian. Talvez se a série quisesses tanto mostrar trisais poderia mudar um pouco a narrativa, pois nas três citadas acima a história foi a mesma.

Por ultimo, as melhores histórias dos novos integrantes da escola foram com certeza a do príncipe e de Mencia.

Falando na irmã de Ari podemos dizer que essa temporada foi praticamente dela. Sem sombra de dúvidas foi a que mais se destacou, tanto que o mistério final foi um desdobramento de suas atitudes durante a série. O romance com Rebeka foi peça chave para os fãs que amaram a química do casal. Da mesma forma, os super fofos Ander e Omar também salvaram a ala romântica de Elite, que cada vez está mais voltada para as relações carnais. (Sabiam que a temporada está sendo exibida no Xvideos? Poisé, haja cena de sexo!)

Agora, se é para falar de personagem que arrasou, com certeza foi a Cayetana. A evolução da personagem foi absurda, e há quem diga que ela carregou a temporada nas costas. A Cinderela moderna tá diferente e esperta !

Por fim, apesar de não ter sido nem de longe a melhor temporada, Elite não deixa de ser uma série muito boa e extremamente envolvente de assistir, e aguardamos ansiosamente a 5ª temporada que promete contar com o retorno de Guzman, Samuel, Omar, Ander (mesmo que com participações especiais), além de Rebeka, Mencia, Ari e o novo elenco introduzido. As gravações da 5ª temporada parecem estar concluídas e a previsão de lançamento é para fevereiro de 2022.

Confira agora algumas reações dos fãs: