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CRÍTICA À SEGUNDA TEMPORADA DE THE BOYS

  • Foto do escritor: Crítica de Séries
    Crítica de Séries
  • 24 de out. de 2020
  • 6 min de leitura

A série The Boys da Amazon Prime é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores séries de super-herói da atualidade. Baseada na série de história em quadrinhos de 2006, a adaptação para a televisão não deixa nada a desejar.


A segunda temporada chegou com tudo em 04 de setembro de 2020, e, com episódios semanais foi finalizada em 09 de outubro do mesmo ano.


Com um índice de aprovação de 97% pelo conceituado site americano Rotten Tomatoes, a nova season chegou com tudo. Além disso, continua ocupando o posto de sucesso há semanas no site IMDb entre os 3 primeiros colocados das séries mais populares.


Mas, e aí ? O que achamos da segunda temporada.


Bom, para começarmos a falar dos novos episódios deste ano precisamos relembrar os acontecimentos da primeira.


MOMENTO TBT (Resumindo a 1ª Temp)


Para que não lembra, a season 1 começou mostrando Hughie Campbell ver sua namorada brutalmente assasinada por Trem-bala que estava sob efeito de droga pelo uso da mais tarde conhecida como composto V. Quando abordado por Billy Butcher, o mocinho acaba descobrindo que a morte de sua então noiva foi tratada com desdém e motivo de piada entre os heróis. E que a corrupção no mundo dos ídolos era corriqueira.

Da mesma forma, em segundo plano, à temporada mostrou a história de Starlight (Annie), que entra no mundo capitalista da multi-milionária Vought e acaba se decepcionando com a podridão de seus colegas e pela maneira totalmente voltada para obtenção de lucros que a empresa tratava a proteção das pessoas.

Ao longo da temporada foi descoberto um grande esquema de corrupção e maldades no mundo corporativo dos heróis, além de se tratar de uma grande indústria lucrativa que fabricavam os supers utilizando o composto V logo em bebês, descobrimos que o Homelander (Capitão Pátria), sem autorização dos chefes, aplicou a droga em adultos terroristas, o que era super arriscado, transformando-os em super vilōes para que os supers da Vought pudessem combater e, assim, garantir o acesso da companhia nos altos postos de defesa americana (o exército).


A temporada se encerrou com Butcher fazendo a vice presidente da Vought, Madelyne Stiwell de refém em sua própria casa, com o objetivo de atrair Capitão Pátria que tinha por ela uma estranha afeição, e obter sua vingança pelo estupro e morte de sua esposa. Contudo, um plot twist gigante aconteceu, pois Homelander não só não defendeu Stiwell, como a matou, e culpou Butcher posteriormente para mídia, tornando-o um fugitivo procurado pela polícia e demais agências de segurança americanas. Não só isso, O The Boy Billy ainda pôde ver que sua esposa Becca estava viva, e que tinha um filho de 10 anos proveniente do estupro praticado por Homelander.


Assim, para essa nova temporada haviam diversas questões a serem respondidas. O que tinha acontecido com Billy Butcher ? Trem-bala iria dedurar Annie por ajudar Hughie a tentar desmascarar Vought ? Os Boys iam conseguir fazer um exposed da podridão da empresa de heróis ? O que aconteceria com eles já que viraram foragidos? Como Homelander reagiria ao saber que tem um filho ? Kimiko e Annie se juntariam ao time dos mocinhos da história ?


A SEGUNDA TEMPORADA


Bom, a segunda temporada conseguiu responder praticamente todas as questões. Logo no começo Annie chantageia o Lagartixa para conseguir uma amostra do Composto V, e, ela e Hughie conseguem vazar informações preciosas sobre a droga com ajuda de Trem-Bala, que não só não a dedurou com a ajudou roubando os documentos, pois havia sido expulso do escalão de elite dos heróis, Os Sete.

Além disso, vimos o retorno de Butcher depois de um tempo desaparecido formulando um plano para resgatar Becca. A pedido de Hughie, ele retornou como líder dos meninos, fazendo novo acordo com o FBI para entregar um super-terrorista em troca de informações sobre sua esposa, que depois descobrimos ser o irmão de Kimiko.

Vimos, também, um Homelander um pouco mais afetuoso na tentativa de conquistar seu filho, apesar de sua união do mal com a nova heroína dos Seven trazida pelo presidente Stan Edgar (Tempesta) ser um isqueiro para o herói cometer mais maldades.


E, por fim, a vilã que vimos lá no começo da temporada ter matado a agente do FBI Susan Raynor explodindo sua cabeça e, posteriormente, o ex CEO da Vought Vogelbaum, que estava prestes a dar um depoimento incriminador que destruiria completamente a empresa era nada mais nada menos que a congressista Victoria Neuman, personagem totalmente anti-heróis e anti-Vought que, ao final, com o exposed da nova líder dos Sete Tempesta como uma nazista - que fez com que as pessoas se voltassem totalmente contra os heróis da Vought - a eleição de Neuman para o Senado se tornou mais consistente com chances aumentadas de eleição, tanto que a temporada acaba com o boy Hughie pedindo emprego a ela para ajudá-la na campanha de derrubar a companhia de heróis do “jeito certo”. Mal sabe ele o que o aguarda, não é mesmo ?

Enfim, a segunda temporada de The Boys conseguiu responder todas as pontas soltas deixadas pela season 1, e ainda incrementar possíveis novas histórias para serem trabalhadas na terceira temporada, como por exemplo: Quais são os planos da super congressista ? Estaria ela ajudando a Vought ou teria ela sua própria agenda ? Qual o destino de Cindy (personagem que foi solta do manicômio de heróis que também tem poder telepático de explodir cabeças) ? A empresa Vought irá finalmente responder criminalmente ? O que acontecerá com Ryan depois de levado em custódia pela CIA?


Não podemos negar que essa temporada foi realmente um show de cenas impactantes como as explosões de cabeça e a violência inigualável de Tempesta que não mostra misericórdia ao assassinar a todos.


Para quem não gosta de super-heróis a série é perfeita, pois é uma bela sátira de como o poder transforma o homem. E para quem gosta, The Boys também agrada, pois justamente essa inversão de valores que ocorre nessa série (geralmente em todas as séries do gênero os supers são heróicos e genuinamente bons) faz com que os mocinhos da história sejam os Boys que não têm poder algum, apenas a vontade de destruir a corrupção de uma indústria que ilude e engana as pessoas. O que é muito semelhante ao mundo em que vivemos.


A desconstrução do conceito de herói foi bem representada, afinal, os roteiristas tinham um enredo e tanto em mãos para ser explorado, porque em todas as demais séries desse universo os heróis são bússolas morais de honra, compaixão e do certo e errado. E souberam explorar bem todas as questões como corrupção do capitalismo, a igreja, a podridão do poder e, o mais interessante, foi a introdução de uma crítica feroz à mídia e ao universo dos memes, que como vimos através da genialidade de Stormfront podem destruir ou alavancar carreiras.


Por fim, além dessa grande sátira ao bom e mau, ao mundo capitalista e a indústria midiática terem sido razoavelmente ótimas, ainda tivemos a evolução de alguns personagens como Annie (Starlight) que passou de mocinha inocente que acreditava na existência de heróis para proteger as pessoas de todo mal à uma camaleoa que se adapta em qualquer situação e que como dizemos na vida real “que engole sapos” e dança conforme a música.


Secundariamente os personagens de Trem-bala e Profundo se unindo a Igreja para reinvenção de suas imagens, outra crítica bem trabalhada na temporada, e, até mesmo Homelander teve um upgrade em sua história pessoal, uma vez que se viu sem ajuda de sua guia moral Stiwell, desenvolvendo uma relação sadomasoquista com Stormfront e tentando, de alguma forma, ser um bom pai para Ryan (o que não deu muito certo).


O que podemos considerar ser a grande crítica dessa série em quadrinhos é justamente que tudo pode ser comercializado e como o Poder altera a vida do homem, porque dependendo para quem ele é transferido pode se tornar uma arma nas mãos de narcisistas-egocêntricos que podem começar a se acharem Deuses na Terra.


Não há nada romantizado igual as demais séries do gênero. Talvez a principal crítica é como as histórias se assemelham à vida real, o que diverge de um mundo de fantasias em que os heróis salvariam tudo e todos e seriam ídolos que não se corrompem, não usam drogas, nao participam de orgias, não são abusivos com as mulheres, e não são psicologicamente afetados por estarem acima das demais pessoas. Pois, na verdade, são tudo isso e muito mais. E a série mostra justamente (ao contrário do homem da justiça super-homem) que o ser mais poderoso do mundo em The Boys é um grande um vilão inescrupuloso com V maiúsculo que comete as maiores atrocidades do show.


É a série mais popular e de hmais sucesso da Amazon Prime, e nós do Crítica mal podemos esperar pela terceira temporada !



 
 
 

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